Missão Quase Impossível Parte 1 e 2

A garota estava distraída passeando na praia quando ouviu um semideus lhe chamar. Suspirou e olhou na direção dele, com um sorriso involuntário. ── Ah não, espero que não seja mais um de meus fãs! ── Será que nem na praia ela tinha sossego? Quando ele lhe falou a jovem fora escolhida para uma missão e que Quíron queria falar com ela, sua expressão ficou quase seria. A jovem deu um grande sorriso, mostrando seus dentes brancos, e beijou o garoto no rosto. ── Obrigada por me avisar. ── Em seguida se dirigiu a casa grande para ver o que Quíron queria com ela. Não era do tipo que gostava de ter seus passeios interrompidos, mas se fosse algo serio poderia até se esquecer de ficar irritada com a pessoa que lhe interrompera. Caminhou calmamente até a Casa Grande, sem demonstrar muita preocupação. Sua expressão era vagamente desinteressada. Parou em frente a casa e ficou observando-a sem tanta pressa.

A garota entrou na casa grande sem se importar muito se fazia barulho ou não, se estava atrapalhando alguém ou não. Quando Quíron mandou-lhes sentar-se, se sentou em uma cadeira e ficou quando olhando o centauro. Seus olhos seguiam cada movimento que ele fazia. Ouviu o que ele lhes dizia com atenção, ou melhor, com uma quase atenção. O pequeno defict de atenção com hiperatividade dela não lhe deixava prestar muita atenção nas coisas. Pegou o arco que Quíron lhe dera e já ia argumentar que não era uma pessoa lá muito habilidosa com o arco quando ele lhes entregou a mala com as armas. Ouviu o que era para fazer e se levantou, tentando inutilmente mover a mala de onde ela estava. Nataly colocou o arco e a aljava nas costas e foi andando. Procurou o Colar de Ouro que ganhara quando curara Hebe dentro das vestes e, depois que se certificou que estava com ele, foi em direção a praia em silencio.

Olhou na direção ilha ao longe, cerrou os olhos e colocou a mão aberta sobre os olhos para enxergar melhor. Não sabia onde era seguro o suficiente para deixar o barco. Andava inquieta de um lado para o outro, sem saber o que fazer. ── Você sabe algum lugar seguro para deixar o barco? Quer dizer... Estamos no mar de monstros. Não podemos deixa-lo em qualquer lugar. ── A menina olhou para Taylor enquanto falava. Sua voz pacifica tinha certa firmeza, firmeza esta que era quase totalmente encoberta pelo sorriso brilhante da semideusa. Ficou olhando nos olhos dele.

A garota acordou sonolenta. Esfregou os olhos e ergueu a cabeça, dando de cara com a hydra. Se levantou em um salto, pegando o arco e as flechas. Quando ia levar a mão a aljava para pegar uma flecha, se lembrou que não frequentara as aulas de Arco e Flecha, então seria melhor para ela trocar de arma. Mas, com quem? Olhou ao redor com os olhos arregalados e foi pulando até Taylor. Tirou a aljava do ombro e lhe entregou o arco e a aljava sem jeito. ── Errr... Não sou muito boa com o arco e flecha. Acho melhor você utiliza-lo. ── Sorriu.

A menina se levantou com um salto. Segurou a arma com firmeza e mirou em uma das cabeças dela. Quando estava prestes a atirar, se lembrou que a cabeça da hydra, toda vez que era cortada, dava lugar a outra então abaixou um pouco mirando no coração do monstro. Não sabia se a criatura tinha um coração, mas podia ser a única forma de distrai-la um pouco para Taylor tem a chance de mirar e disparar a flecha. Se certificou que mirava no ponto certo e puxou o gatilho da arma. Em seguida correu um pouco para a esquerda, para chamar a atenção da Hydra e poder se preparar de novo para atirar.

Ao ver a Hydra fugir, a garota ficou surpresa. Por que, diabos, a Hydra fugiria? Sentia que havia algo estranho, mas preferiu não reclamar. Foi correndo em direção a Taylor. ── Vamos dar o fora daqui, antes que apareçam mais monstros. Além disso, temos meio-sangues para salvar. ── Depois de proferir essas palavras, correu de volta para o barco e entrou nele apressada. Queria sair dali mais do que nunca agora. Preferia não arriscar encontrar outro monstro por ali e ficar descabelada

Nataly estava emburrada num canto. A comida acabara e estava com fome. Como iriam comer? A menina se levantou e foi até a beirada olhar o mar. Estava agitado. Não conseguia ver se havia algo na água e, se tinha, a qual profundidade estava. Procurou pelo barco algo que pudesse usar para puxar a lança que iria usar para pescar, mas não conseguiu encontrar nada, sentando-se num canto de novo e abraçando as pernas.