Missão Quase Impossível Parte 1 e 2

Ficou olhando Taylor tentar pescar alguma coisa em silencio. Preferia ficar na dela, sem falar nada. Abaixou os olhos, fitando o chão aos seus pés. Levantou-se e foi até o lado oposto a Taylor observar o mar. ── Espero que os deuses nos ajudem. ── falou para si mesma enquanto se debruçava na beirada e analisava o horizonte tão distante.

Por fim, cantarolava baixinho a música Missing do Evanescence, uma de suas canções preferidas. Por algum motivo, a menina sentira vontade de cantar aquela música. O vento batendo em sua face lhe incomodava um pouco, mas a menina preferia ficar ali observando a paisagem. Se algo acontecesse ou o barco dos outros semideuses entrasse no campo de visão deles, queria ser a primeira a saber.

Vai até a mala com armas e pega uma lança. Não sabia manusear aquilo direito, mas precisava tentar. Foi até a proa e ficou olhando o céu, a espera de um pássaro qualquer para lançar-lhe a lança para captura-lo. Ficou ali parada durante longos minutos esperando e esperando e, ao ver o primeiro pássaro, tentou lhe acertar com a lança.

Bocejou. Ficar ali parada sem fazer nada em especial lhe deixava com sono. Olhou na direção do sol, mas sem olhar pra ele exatamente. ── Sinto sua falta. ── Falou simplesmente. Não sabia como Taylor entenderia aquilo, mas sabia que seu amado entendera.

Se senta no chão com os joelhos dobrados. Coloca a cabeça entre eles e os abraça, frustrada. Será que morreriam de fome? Será que eles morreriam ali, a deriva no mar? Não, devia ter um jeito. Deveria haver uma forma de conseguirem algo para comer, deveria ter um jeito de sobreviverem. Por quanto tempo eles iriam resistir, caso não achassem nada para comer? Nataly não via solução alguma, mas tinha que procurar alguma.

A menina olha para ele e pega um pouco da comida. Para a surpresa dele, a menina comeu e não reclamou do gosto e nem nada. Olhou para ele sem jeito e deu de ombros. ── Poderia ser pior, né? Poderíamos não ter nem isso. ── Limpa a boca com o pulso esquerdo, sorrindo. A garota ficava ainda mais bela quando agia daquela forma. A menina não era a tipica filha egocêntrica e orgulhosa de Afrodite. Pelo contrario, era gentil e se importava com os outros. Agia da mesma forma com todos e as vezes até os defendia. Sorria para ele, esperando a reação do mesmo. ── Espero que você não passe mal com isso. ── Havia sinceridade inegável na voz dela.

A menina sorriu e sentou ao lado dele. Quando começou a chover, a garota olhou para o céu. Sua face ficou molhada com a chuva e ela riu. ── É... Se sobrevivermos a isso, seremos incríveis. E no que diz respeito a comida, eu sou diferente dos demais filhos de Afrodite. Eu não me importo com aparência, gosto ou estado. ── Falou simplesmente, pensando no que fazer naquele momento.